Dia
28/07/2013- Domingo
Depois
de refazer os cálculos de dívidas dos meses seguintes,
cheguei à conclusão de que não poderia optar
pelo parto domiciliar, pois o dinheiro reservado num título de
capitalização teria que ser direcionado ao pagamento do
limite do banco, que já estava em excesso. Fiquei triste, mas
ao mesmo tempo isto sanou uma dúvida que sempre retornava de
uma forma ou de outra: a obstetriz me atenderia, ou eu iria para o
hospital humanizado coberto pelo convênio? Sobrou somente a
opção do hospital, que não geraria custo- extra.
Agora a questão seria fazer o plano de parto para negociar os
procedimentos com a equipe. E com essa decisão chegamos ao
final da noite, sem nenhum sinal do trabalho de parto, inclusive
durante o banho tinha feito um toque, mas o colo estava impérvio,
fechado, mesmo depois do namoro do dia anterior...
A
Manuela estava extremamente chorona e irritada, então eu
peguei no colo, abracei, beijei e pedi pra ela cuidar de mim e dormir
comigo, para que eu não ficasse triste... Porém quando
era meia-noite e quarenta eu ainda não tinha conseguido
dormir. Fui ao banheiro fazer xixi e ao olhar para o papel com que me
limpei, vi minúsculos traços de sangue. Eu já
estava sentindo uma pressão com sensação de
dilação do colo, como se o fundo da vagina estivesse
esticando pros lados, mas diante de tantas coisas que eu senti nessa
gestação (trabalho de parto prematuro, pródromos
longos), era provável que eu estivesse enganada, mas o tampão
já estava saindo em maior quantidade há alguns dias.
Voltei pra cama e nada de sono, as idéias sobre o parto não
saíam da minha cabeça. Decidi orar e conversar com
Deus, pedindo que se a Marieva estivesse pronta e fosse da vontade
Dele, que permitisse seu nascimento de acordo com o meu merecimento,
pois eu estava pronta para encarar da maneira que fosse. Conversei
mentalmente com a Eva, falando que estaria junto à ela e faria
tudo de melhor possível por ela, por seu nascimento, por toda
a vida. Decidi tomar uma xícara de achocolatado quente, assim
como fazemos para confortar as crianças para que durmam,
acompanhado com bolachas de maisena. E funcionou, dormi rápida
e profundamente.
Dia
29/07/2013- Segunda-feira
Por
volta das 6:00h da manhã, uma cólica me acordou. Não
estava forte, mas incomodava. Passou um tempinho e veio outra, mas
achei ser cólica intestinal por causa do lanchinho da
madrugada, pois era irregular. Levantei e peguei o telefone sem fio
pra ver a hora, e marquei mais uma: 6:13h; Outra: 06:19h; Outra:
06:28h; Outra: 06:36h. Pensei: “- Não é trabalho de
parto, tá irregular. Mas eu não consigo dormir, tá
incomodando. Vou tomar um banho, se for TP vai ficar regular e
engrenar, se não for, eu relaxo e durmo de novo.” E fui,
fechei as portas dos quartos pra não acordar ninguém.
Ao entrar no banho, o incômodo inicialmente aliviou demais,
quase sumiu. Em menos de 15 minutos, toca o alarme pro Raphael
acordar e ir trabalhar, ele abriu a porta, olhou pra mim e falou: “-
O que foi que aconteceu?” e eu respondi: “- O que aconteceu não,
o que tá acontecendo... estou com cólicas, mas estão
irregulares, então entrei no banho pra ver se passava, mas o
intervalo diminuiu e agora a dor tá punk! Mas já já
eu saio”. Eu não acreditei nos meus sentidos, nem contei pra
ele, mas eu havia feito um toque durante esse banho e senti como se
fosse uma bexiga molhada no meio do colo, passando a mão
sentia como se fosse o cabelo da neném, e correndo os dedos
pros lados, parecia ter bem mais de 3 dedos de dilatação,
o colo fazia um rebordo tão fino como um tecido. Mas não
poderia ser verdade, eu, sem experiência técnica
obstétrica, estar sentindo isso com tamanha perfeição.
Devia estar enganada! Sem que eu percebesse, meu corpo já
denunciava a verdade, me exigindo apoiar no vaso ou na parede quase
ficando de 4 durante as contrações.
Saí
do banho e me enxuguei, veio uma contração. Vesti a
roupa de baixo, outra, a roupa de cima, outra, e tive que me sentar
no chão pra calçar o tênis. Olhei pro Raphael e
disse: “- Pode tirar esse uniforme e colocar “roupa social de
passeio” (de onde eu tirei isso???!!!!), pois nós vamos pro
hospital, ela vai nascer hoje!”. Fui pra cozinha e coloquei o café
na cafeteira, veio outra contração, me apoiei na parede
da cozinha e disse pra ele marcar a hora. Lavei os copos das
crianças, e pedi pra marcar de novo. Tentei fazer outra coisa
(nem sei mais o que era) e veio outra. Ele gritou: “Caramba, tá
de 1 em 1 minuto essa porra!” hahahaha, por dentro eu ri. Avisei
pra acordar as crianças, corri pra pegar os agasalhos, tudo
tinha que ser feito no intervalo das contrações, porquê
durante, eu não via nada, não pensava, só ficava
de 4 na cama ou no sofá, encostava a boca pra abafar e gemia!
Vestimos as meninas meio que dormindo, avisamos que a Eva nasceria,
ainda quis tomar café, ele disse: “-Vamos logo!”. Vi a
pressa no rosto dele. Abriu a porta, pegou as crianças, as
chaves do carro e chamou o elevador. Eu peguei a bolsa, mas veio uma
contração, eu ajoelhei no chão e gritei no sofá
pra abafar: “Não dá, espera! AAAAAiiiiiiiiiiiii!”.
Passou, entrei no elevador torcendo pra não entrar nenhum
vizinho e descer os 15 andares direto, mas entrou um rapaz no 4º
andar, e eu só pensava no que ia fazer se viesse uma
contração. Foi muito engraçada a cara de susto do Raphael no elevador, pois olhou de repente pra barriga e percebeu que tinha baixado muuuiiiittto!! Eu senti que ao mesmo tempo em que se assustou, ficou fascinado de ver o corpo funcionando... imagina só se ele assistisse ao parto!A porta do elevador abriu no térreo,
o Rapha correu com as meninas e eu saí voando também,
mas uma contração me pegou em frente à quadra de
esportes, eu grudei no alambrado e segurei um grito. Corri pro carro
quando passou, e assim fomos: eu gemendo alto a cada contração,
segura de que com os vidros fechados ninguém ouvia, embora os
vidros não fossem filmados e todos me vissem. Na saída
do condomínio, tocou na rádio um rock da nossa playlist
do pen drive, e eu tentei cantar junto, vieram contrações
e eu não senti necessidade de gemer nem pareciam doer tanto,
eu avisei que a música me concentrava e diminuía a dor,
mas a música acabou, e veio a tensão: ao entrar na
Dutra pra ir pro Santa Marcelina de Itaquera, o trânsito pesado
em ambos os sentidos. Tentamos ligar o pisca-alerta, sem sucesso,
tentamos o acostamento, deu na mesma. Raphael questionou se não
poderíamos ir pro Hospital Carlos Chagas, cheguei a falar que
não, mas depois mudei de idéia, pois imaginei eu
parindo dentro do carro em pleno acostamento da Dutra e o
helicóptero-águia da PM vindo me buscar, pousando na
rodovia, eu seria o noticiário do dia! Engraçado que
nem no parto da Mariana o Raphael estava tão desesperado,
dirigindo feito um louco: o carro solavancava, subia na guia,
acelerava nas curvas, eu gemia alto no banco da frente e as meninas
faziam “ola” com os bracinhos pra cima no banco de trás,
achando que estavam numa montanha-russa, nem perceberam o que estava
acontecendo. Quando perguntávamos pra onde era o Carlos
Chagas, as pessoas perguntavam de volta: “-Maternidade?” e eu
tinha vontade de responder: “Não, açougue, senhor!”
kkkkk Durante o percurso o Raphael chegou a me criticar: “Caramba,
mas você também deixou pra me avisar em cima da hora!”
e eu só pude responder que eu soube praticamente que era a
hora de nascer no mesmo momento que ele (quase chorando, me sentindo
culpada).
Chegamos
na porta do hospital, confusão pra descer do carro, as pessoas
olhando e uma senhora ajudou a tirar as meninas e depois abriu a
porta para eu descer. Coincidentemente, essa senhora é a mãe
da moça que seria minha companheira de quarto. Entrei já
dizendo pra recepcionista: “- Trabalho de parto”, ela indicou a
triagem e eu entrei resumindo a situação, respondendo à
perguntas, mandaram eu sentar pra medir a pressão e eu pensei
que não conseguiria, que era um procedimento infame e inútil.
Entre as contrações eu respondia tudo, mas durante,
viajava pra partolândia.... me pediram pra deitar na maca, eu
consegui somente sentar e veio outra. A enfermeira: “-Mãezinha,
deita pra gente examinar, se demorar seu bebê vai nascer aqui e
vai complicar pra gente...”. Mentalmente eu xinguei ela pelo
“mãezinha” e pensei que se nascesse ali, dane-se se
complicasse pra ela, quem importava éramos nós!.
Deitei, ela examinou e falou baixo pra outra enfermeira:”Dilatação
total, encaixada, libera o corredor, pede pro segurança
prender o elevador pq vai nascer, pega a maca a-g-o-r-a!”. Me
ajudaram a trocar de maca e eu me senti numa Ferrari, correndo pelos
corredores do hospital, gemendo de olhos fechados, sentindo o vento e
os solavancos das portas e elevadores, ouvindo as orientações:
“Mantenha as pernas juntas e não faça força,
senão vai nascer na maca!”. Ao entrar no Centro Obstétrico,
a médica olhou e avisou: “-É só a bolsa que tá
segurando esse bebê, chama a Neo que vai nascer!”. Fui
respondendo às mesmas perguntas que a enfermeira fazia
novamente pra médica saber, numa das ocasiões ela me
chamou de mãezinha novamente e eu não me contive:
“Mã-e-zi-nha? Não, Mãezona! Eu aqui fazendo mó
força pra parir e tu me chama assim? Eu tenho nome e preciso
de apoio moral numa hora dessas!”. Ela entendeu o recado, e nas
vezes seguintes, ia começar a falar “mãe”, se
corrigia e me chamava pelo nome. Ao contar pra médica das
contrações irregulares e do banho, ela riu e disse:
“Tomou banho, relaxou, aí engatou mesmo!”.
O
NASCIMENTO
A
médica pediu o instrumento pra romper a bolsa, não saiu
quase água nenhuma na hora, eu senti Eva descer e pedi pra não
fazer episiotomia, a médica respondeu: “-Vamos ver se
dá...”, eu pensei: “tinha que dar”, ela combinou comigo:
segura aqui do lado, vai fazendo força bem devagar, quando eu
pedir você pára. E assim foi, eu fiz isso umas 3 vezes,
chamava pela Eva, Marieva, as pessoas admiraram o nome. Duro era
parar, o corpo pede a força, praticamente faz sozinho. Eu
disse um “ai” ardido, ela perguntou se doeu, eu falei que estava
sentindo o círculo de fogo, veio outra contração
e ela pediu pra empurrar devagar, senti a cabeça da Eva
passar, comentei com a médica, na próxima o ombro
passou e ela escorregou o resto do corpo com o líquido
amniótico junto, ouvi os parabéns. Colocaram Eva na
minha barriga, meio esbranquiçada e arroxeada, eu puxei ela
pra mim, a médica pediu de volta pra enxugá-la e me
devolveu, eu beijei seu cabelo, cheirei, chorei, não
acreditei. Falei com ela coisas que não ficaram gravadas na
minha mente, mas com certeza nas nossas almas. Ficamos ali durante a
liberação da placenta, teve massagem pra ajudar, eu vi
aquele órgão e agradeci mentalmente por nutrir minha
filhota. Vi o cordão branquinho, foi clampeado tardiamente,
cortado e levaram ela pra aspirar, eu vi e a ouvi chorar, me senti
impotente de não poder fazer nada, mencionei o quanto aquilo
devia incomodar, que se eu pudesse estaria no lugar dela, mas foram
breves ao menos. Me devolveram ela envolta no campo aquecido, protegi
seu rosto da luz na expectativa que abrisse os olhos deitada sobre
meu peito. A médica avisou que lacerou somente a pele e que
precisava de 1 ponto, eu disse que não precisava suturar, ela
disse que faria somente para cicatrizar mais rápido, eu acabei
aceitando, não era hora de brigar. E depois descobri que ela
deu o tal “ponto do marido”, foram 2 picadas sem anestesiar, meio
chatas, mas breves, porém inchou demais depois, e quando
cicatrizou percebi que algo estava diferente . A Neonatologista
questionou a nota de Apgar, a médica disse que tiraria 1 ponto
na hora em que nasceu, mas se lembrou que o CO estava gelado porque
estava com tudo desligado , inclusive o ar-condicionado, e ela
recebeu notas 9-10.
Levaram
a gente pro corredor pra esperar sair a internação, que
não havia ainda sido liberada, pois chegamos às 08:00h
e ela nasceu às 08:05h. Enquanto eu aguardava o café da
manhã, coloquei ela pra mamar, abriu os olhos mas sem fixar o
olhar em mim, e qual minha surpresa ao sentir a primeira mama
esvaziar, ao trocá-la para a outra, vê-la babar leite
branco: o colostro já tinha sido tomado e o leite desceu!
Fomos a atração do CO, todos que passavam olhavam ela
já mamando e se impressionavam, perguntavam do parto e ficavam
surpresos ao saber da rapidez. Eu era um ET!kkkkkk A médica
perguntou das minhas sorologias (pois não estavam marcados os
resultados no cartão de pré-natal, eu disse que estavam
OK e que eu tinha feito no primeiro trimestre, ela explicou que a
Neonatologista normalmente não deixaria a bebê mamar se
não tivesse resultados em mãos para evitar
contaminações, mas como já tinha mamado... mesmo
assim, meu marido teve que trazê-los impressos pra liberar a
bebê pro quarto depois que eu tomei banho e almocei (cerca de 5
horas de observação no berçário). A
enfermeira alegou que esse período de observação
seria porque bebês nascidos na época do frio tinham
tendência a desconforto respiratório e deveriam ser
observados (hãmmm??? em que faculdade ela se formou? Isso é
padrão de atendimento de bebê nascido por cesariana, não
por parto normal, que percebe-se, é raro neste hospital).
A
INTERNAÇÃO
Demorou
cerca de 4 horas pra uma enfermeira vir me ajudar no banho, quem me
trouxe ao quarto recomendou que não levantasse sozinha da cama
nem tomasse banho antes do almoço (pois eu estava quase em
jejum), para evitar desmaios. Embora eu quisesse muito tomar banho,
por insistência do marido, para evitar desgastes eu aguardei,
até mesmo respeitando a rotina de trabalho da enfermeira, que
quando veio, me ajudou com a maior prática a pôr a
temperatura certa no chuveiro, me ajudou a enxugar as pernas e pés
pra eu não abaixar e até a vestir a roupa de baixo.
Neguei
as medicações pra dor, embora as cólicas ao
amamentar estavam punks, parecia que eu ia parir outro bebê.
No
2º dia de internação foi receitado “plasil”
pra incentivar a produção de leite, eu já tinha
leite pra caramba (quem estava com problemas na descida do leite era
minha companheira de quarto), e eu acabei tomando, pois não
lembrava no momento pra que servia e não quis ser grosseira,
já tinha negado outras medicações. Na caída
da noite, quando conversava sobre a amamentação com
minha companheira de quarto pois já estava sentindo uns
caroços na mama esquerda, relatei que no parto anterior,
quando meu leite desceu a quantidade foi tanta que a Manuela não
dava conta de mamar e tive mastite durante a internação.
Contei que o sintoma foi febre e uma tremedeira tão grande, e
do medo de separarem a Manu de mim, pois embora eu soubesse que a
febre era da mastite, o médico sempre suspeitaria que fosse
uma infecção, e neste caso isolaria a bebê no
berçário novamente até que o resultado desse
negativo. Na ocasião, eu liguei pra minha mãe e
perguntei a dose de dipirona, tomei e quando a enfª voltou pra
medir, já não tinha mais febre. Não sei se
relatar tudo isso mexeu com meu emocional, só sei que
repentinamente eu comecei a sentir frio, a moça do outro leito
estava somente de lençol e eu tremendo tanto, mas tanto, que
mal conseguia falar, meu queixo tremia e os dentes doíam, meu
corpo tremia tanto que eu tive medo de deixar a Marieva cair dos
braços. A moça do outro leito chamou a enfª, que
mediu e disse não ser febre, me trouxe 2 cobertores e me
sugeriu tomar o antitérmico que supostamente “preveniria”
uma febre provocada pela perda de sangue, pois segundo ela o corpo
poderia não entender que ocorreu um parto e disparar uma
inflamação pelo corpo, o que prorrogaria minha
internação. Novamente o medo (de isolarem a Marieva) me
fez abrir mão dos valores e tomar a medicação.
Ela me trouxe o comprimido, pois acredito eu que foi relatado no
prontuário que eu neguei a medicação líquida
anteriormente pois não tinha queixa da dor, e eu havia
brincado sobre o gosto ruim do remédio.
Além
disso, a internação foi razoável, embora eu
tenha algumas questões a comentar (e pretendo inclusive
formalizar um e-mail ao hospital, pois acredito que se ninguém
reclamar, como eles podem saber o que deve ser melhorado?):
- no berço que veio pro quarto, mandaram lencinhos umedecidos com álcool para limpar o umbigo do bebê, bem práticos, mas confesso que o álcool tradicional e cotonete me trariam melhor segurança na aplicação; neste mesmo carrinho, um monte de gaze pra limpar o bebê na troca de fraldas- achei muito grosseiro passar gaze na pele delicada do bebê, usei o lenço umedecido para pele sensível, sem álcool e sem perfume que meu marido comprou fora do Brasil.
- O chuveiro não funcionava, e tivemos que usar a ducha presa no suporte da parede para nos lavar (molhou o banheiro todo, que não tinha box de vidro, apenas cortina);
- o café da manhã era servido em quantidade pequena, e quando pedi mais pão e café à copeira, ela olhou com cara de desdém e disse que iria ver se tinha mais (caramba!), voltou com o café e o pão sozinhos, ao invés de uma nova bandeja de café;
- o lanche da noite era servido muito cedo (por volta das 19:00h) e o café da manhã bem tarde (08:00h), então era a madrugada inteira tomando só água, achei muito pouco para mulheres que acabaram de ganhar bebê, com sangramento e ainda amamentando. Claro que eu pedi pro meu marido trazer lanchinhos!
- No 2º dia de internação, bem no horário do banho demonstrativo no quarto, a Marieva engasgou com leite e ficou sem respirar, muito vermelha, por 3 vezes seguidas, nas quais a enfª rapidamente fez a manobra do tapa nas costas pra ela respirar, e eu fiquei assustada por ter acontecido tantas vezes, me questionando se poderia haver algo errado. Mas na 4ª vez que aconteceu, depois do banho, ela não estava mais no quarto e quem teve que fazer a manobra fui eu, com ela no colo na cama, e percebi o que estava errado: a manobra tinha sido feita pela enfª sem apoio do tórax, ou seja, o tapa foi muito mais dolorido do que eficaz no socorro. Me lembrei que numa situação de emergência, ter calma e bom treinamento é muito mais importante do que ter pressa!
- Marieva bateu todos os recordes: nasceu a mais pesada das filhas, com 2,835Kg; a mais comprida, com 46,5cm; e o trabalho de parto ativo mais rápido (menos de 2 horas).